domingo, 28 de agosto de 2011

Tela

Eu gosto de traços definitivos como se a realidade me escapasse por entre as mãos

Gosto de sentir a brisa acariciando meus cílios, mantendo meus olhos semicerrados

Gosto de misturar as cores e perceber uma leve inclinação na coloração, o sombreamento necessário

E pegar a cor pura e vê-la transformar-se em obra

Tida pela minha mão, de outrem, das cores provenientes de uma só

Então temos uma combinação infinita de sensações, significados e justificativas

Que nada justificam o que é ficcional

De traços nem sempre definitivos, de borrões ao acaso transformados em imagens

Tão próximo que não possa ver

Precisando da distância necessária para que possa se afirmar

Ouvindo Adele.

Um comentário: