segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Superando o machismo

- Tem dia que eu olho e penso “superei os caras!”, e eu sei que fiz isso
- É claro que fez, mesmo que ninguém admita, você sabe...
- E eu não preciso que ninguém admita, eu vejo...
- Querendo ou não, quando uma mulher pega algo pra fazer, ela sempre vai superar um homem
- É difícil admitir isso
- Mas é verdade, mulher se compromete e faz bem feito, mil vezes melhor
- Então eu vou ficar feliz de ouvir isso
- Deve

sábado, 8 de janeiro de 2011

Gatos gordos e outras coisas

É em tardes assim que eu sento na varanda e vejo o sol se pondo. Noites de verão estão chegando, a luz partindo e a saudade permanecendo onde deveria e sempre esteve. Sento-me nos degraus, defronte a rua parada. É fim de ano. A monotonia incorpora e direciona o olhar. O fim de tarde, os pensamentos. Eu sabia que do meu lado direito deveria estar alguém. Você sabe, ainda que no fundo, que o lugar será sempre seu. O cão chega, abanando o rabo, sem conter a felicidade em estar perto. Afago as orelhas e apanho-o no colo. Lanço um olhar maternal, era realmente o que precisava. Amor incondicional de um animalzinho que não se envergonha em demonstrar o que sente. Atitude que pouco tivemos. O cultivo que terminou com o que sequer começara um dia. Numa tarde como essa. Há dois anos.
Meu amigo, sei bem o que diria. Que isso é coisa de gente carente. Que mora sozinha e cuida de um gato gordo. Rebato a afirmação, dizendo que isso é coisa de gente nostálgica. Que tempera a vida com uma pitada de tragédia e boas doses de drama, pra continuar caminhando. Sentando na varanda, numa tarde de verão. Igual essa. Com o cachorro no colo. E, se puder, pensando em como era bom poder sentir que no peito havia um espaço preenchido. Hoje coberto por uma espessa camada de arrependimento.
E mais um ano vai. Sem pontos finais, com inúmeras vírgulas. Algumas exclamações é verdade... E quantidades exaustivas de interrogações. Como haveria de ser. Ninguém precisa de amor incondicional. Precisam de compreensão. Sentar, observar. Só o que resta. Deixar o tempo colocar tudo no seu devido lugar... Como última esperança, para dizer que um dia foi verdade. E que valeu a pena. Ter feito, ter esperado. “Não pensar no que foi, mas no que ainda pode ser”. E afagar um gato gordo, só como forma de protesto às tardes intermináveis e as noites de insônia. E aos comentários do amigo que ainda ousa dizer que consigo ser sentimental somente com as palavras. Viu, só? Quem disse que a Ana não tem coração?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Parque do Ingá



Só pra constar que essa vista ninguém paga. É.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Mais um,


E o novo ciclo começa. Na verdade para renovar os ânimos, dar um pouquinho de esperança para quem precisa e encorajar os desavisados de que a vida acontece. Clichê, mas é uma vez só. E mais pensar, e mais pesar e mais penar.
Que seja diferente. Que seja ímpar. 2011.