quarta-feira, 7 de abril de 2010

Imóvel

Eu não acredito no pavor que me assombra nessa situação em específico. As mãos geladas, a fala rápida proferida em um grito. O desespero seguido do silêncio. Ouço a respiração exaltada e identifico o tremor nos olhos marejados. Ainda estática, tento, em vão, calar o pensamento negativo. Vai dar tudo certo, grifei no contexto. Os holofotes de minha atenção a exatos... Bem, nenhuma distância identificável. A proximidade me assustou.
Um chamado ao fundo indicava que era a hora. A cena ainda congelada permanecia no ambiente familiar. O olhar foi na mesma direção, era impossível respirar agora. O cálculo de movimento meramente ilustrativo para duas estátuas que se amavam. A hora era agora.

2 comentários:

  1. imóvel e estático, da um friiiiiozinho fala aí, um medo!

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  2. E o beijo? Ah, Ana! Mudei de blog pois um invasor apareceu no outro. Tenso.

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