terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Utopia


Os verbetes calculados para conquistar quem estiver disponível. As palavras doces proferidas por um silvo carregado do pior veneno. Aquele que deveria dilatar os vasos sanguíneos, fazer tudo acontecer mais depressa. Perder o ar, a razão, a fala – e então, não. Nada disso aconteceu. Era cansaço da menina de tanto ouvir a mesma ladainha, que chegou ao ponto de crer na instabilidade moral de qualquer cidadão do sexo oposto. Era uma revolta que a consumia cada vez mais. E por conta, ela sentia mais falta da inocência que lhe fora arrancada de forma brutal. A crença na sinceridade forjada talvez evitasse que o raciocínio concluísse e identificasse a ênfase da mentira ali estagnada.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá, Ana Luiza!

    Gosto muito do seu estilo! Quando a leio, obrigo-me a refletir sobre o texto para entender o que quis dizer.
    Adorei o seu comentário em meu blog, obrigada

    Nice

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  3. Minha utopia é ter você.

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